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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Etiqueta recém-nascida



Hoje o assunto é etiqueta e bons modos com os recém-nascidos


Pedrinho, nosso afilhado querido!

Óbvio que eu vou usar um filtro e palavras gentis, a Nathália 100% deixa para a mãe e pro marido. Aqui eu vou escrever 75% sobre esse assunto delicado. Isso não é falsidade, é o mínimo do comportamento político que devemos ter, certo? 

Existem assuntos muito difíceis para serem abordados, ainda mais estando grávida. De um lado eu estou escrevendo e do outro você está lendo. Nós além de lermos, interpretamos e julgamos o que os outros dizem. Não é exatamente o que a pessoa quis expressar, mas a nossa interpretação sobre aquele texto.

O mari e eu sempre temos um combinado de resolver tudo pessoalmente ou em casos extremos, no máximo, por telefone. Assim não ficam dúvidas sobre "o que o outro quis dizer com isso ou aquilo". Eu ainda acho que as coisas mais importante só pode ser realizadas, contratadas e negociadas pessoalmente.

Não sou uma pessoas de indiretas, nunca. Gosto de falas direcionadas as pessoas, sempre com respeito e calma. Do mesmo modo que não gosto de ficar soltando gracinhas, até que ela encontre o seu destinatário; tenho horror aos comportamentos "eu falo mesmo", "eu digo é na cara" e "falou o que quis, escuta o que não quis". 

Será que um dia a temperança, minha busca de todos os dias, fará parte do nosso cotidiano? Somos capazes de sermos sinceros, sem ser arrogantes? Somos capazes de sermos educados, sem ter que abaixar a cabeça em nome das convenções sociais. Complicado, né?

Tudo que eu falar sobre gravidez, recém-nascido e bebês não vá - você - pensar que é uma indireta. Se o assunto não te interessa: pare de ler e vai ver fotinha das festinhas. 

Eu não ia comentar sobre isso, fico cheia de dedos. Preocupada que as pessoas entendam como uma maneira de mandar recado, não é.

Em algumas coisas eu sou bem contraditória. Reconheço! Por isso deixe nos comentários suas experiência e opiniões. Eu adoro mudar de ideia. Não tenho nenhum problema em "dar o braço a torcer". 

Vamos aos tópicos!

Gestação

Eu adoro mimar as grávidas. Acho um momento importante e único. As crianças são a renovação e a esperança do nosso futuro. Eu dou presente, ligo, deixo recado, faço desenho. Brinco em palpitar o sexo do bebê. Sempre pergunto: Como está sendo a gestação? Como está o desenvolvimento do bebê? Como a grávida está se sentindo? Ofereço ajuda. Quando acho um texto ou poema bonito, mando para as gra-vidinhas. Pronto! 


Barriga linda, dentro estava o Pedrinho.
Gosto de conversar sobre aleitamento e parto. Só que a minha opinião, quando não é solicitada "EU GUARDO PARA MIM". Zero de comparações, palpites, crendices e histórias mirabolantes. Zeeeeeeeeeeero! Uma regra de ouro: cada grávida é uma, cada gestação é uma, cada bebê é um! Tudo no singular, tudo na exclusividade. Eu me sinto muito mais amada em silêncio do que falando horrores sobre o que a grávida não quer escutar.

Lógico que depende muito da sua intimidade com a gestante. Mas, mesmo assim a pessoa gesta sozinha! Deixe grávida em paz. Paz pode ser um oi, paz pode ser um carinho, paz pode ser silêncio, paz pode ser a sua companhia e paz pode ser festa.

Adoro falar com a minha família sobre gravidez. Amo receber carinho, ser mimada pelos meus amigos. Fico encantada com a proteção que recebo dos meus colegas de trabalho e dos meus aluninhos. Só que sempre tem um ou outro para vir com todos os piores assuntos. A pessoa deve ficar em casa, gastando todo o  seu tempo fazendo um check-list sobre como acabar com o dia de uma pessoa grávida.

Para quem me conhece, sabe que é preciso de muito para me tirar do sério, e se não for uma pessoa que eu ame muito, nada do que ela faça vai me atingir. É que algumas amigas dizem que eu tenho sessenta anos, mas na verdade eu fui criada por uma monja, né minha gente!

Eu escutei de tudo na gravidez: abortos espontâneos, muito sobre gravidez psicológica (minha barriga demorou aparecer, esse era o assunto preferido de alguns "amigos"), muitos temidos partos horrorosos de ''aconteceu com a amiga da minha amiga", muitas perdas e morte de bebês.

Parece mentira, mas não é! O povo fala muita besteira. Eu posso dizer que eu tenho muito equilíbrio, para essas coisa, ao menos. Eu sei ser surda por opção. Sei ligar o mute quando precisa ou também deixar que tudo aquilo passe pelos meus ouvidos, sem deixar que entre na minha cabeça e principalmente no meu coração. Não guardo a menor mágoa de que disse.

Só que conheço muitas amigas que sofrem. Que não saem de casa para não encontrar ninguém com suas opinião indesejáveis. Olha que coisa chata! Uma pessoa se privar de sair da sua casa e praticamente viver escondida para não ouvir inconveniências. Tenha dó! Eu tenho muita dó. 

Hora do parto e trabalho de parto 

A menos que você tenham muita intimidade, não cobre os futuros papais de te avisarem a hora exata que saírem para o hospital. É muita coisa para ser pensada e decidida. Não é por mal. Todas as pessoas vão ficar sabendo. Não fique triste se você não ficar sabendo da própria mãe ou pai do bebê a hora certinha que estão saindo para começar todo o processo do nascimento.

Aqui vale também a intimidade que você tem com a família. O trabalho de parto pode demorar muito, ou acontecer em segundos. Os procedimentos médicos são muito particulares. Em alguns casos você será bem-vindo em outros não. Eu, pessoalmente, não pergunto nada, não ligo e não vou. Tento ficar sabendo por outras pessoas, para evitar os tumultos. 


Primeiros momentos do Pedrinho!


Eu não liguei nem para a minha comadre, quando o meu afilhado nasceu. Esperei ser informada. Dei prioridade para os familiares e os parentes. Esperei a minha vez, sabe como é? Cada uma sabe quando é a sua vez. 

Visitas: na maternidade

Tenho uma amiga que diz que eu dos seus maiores arrependimentos foi ter convidado o mundo todo para ir à maternidade. Ela passou por momentos difíceis e depois, na hora, não deu conta de receber as visitas. Tem outras que se sentiram abandonadas e ficavam esperando o tempo todo, os seus queridos.

Acho que isso a gente só descobre na hora mesmo. Se foi um parto tranquilo, uma pessoa tranquila, um recém-nascido tranquilo. Beleza! E se for diferente? Já pensou nisso? Eu penso! Com cada gravidinha é diferente. Não é só o bebê recém-nascido, os pais também acabaram de nascer. né?

Eu já fui na maternidade, em alguns casos. Procuro ir sem muitos cosméticos, sem perfume e com uma roupa sem enfeites, sem salto. Até cheiro nos cabelos, eu evito. O mais básico possível. Evito qualquer barulho, cheiro e bagunça. Falo baixo e bem calmo. Me direciono sempre primeiro a mãe, depois ao papai (se houver) e por último ao bebê. Isso não é uma regra. Mas, eu gosto de agir assim.


Primeiros dias de vida do Pedrinho!
Quanto aos presentinhos, não gosto de ir sem levar nada. Tento ser prática. Maternidade é lugar de no máximo um mimo. Presentes grandes não são bacanas. Dê depois! Entrego o presente para o pai ou para a avó e comunico a mãe. Quando conheço a mamãe, levo um presente para a mamãe, só. Se eu ficar em dúvida, levo para o bebê, é mais difícil de errar.

Eu geralmente pergunto se a mãe está bem, dentro do possível. Ofereço ajuda ao papai e fico contemplando o bebê. A gente não pega bebê recém-nascido no colo. Isso não significa que ninguém vai poder pegar a Olívia no colo, certo? Pode pegar.

Com o  pouco que eu (acho) que sei sobre as primeiras horas de vida, devido aos estudos de psicomotricidade e desenvolvimento motor, prefiro não pegar. Eu não sinto vontade, prefiro fica olhando aqueles movimentos lindos e espontâneos que acontecem no bercinho. Se eu tivesse vontade e os pais me oferecessem para pegar o bebê, eu pegaria, sério! 

Fico pensando que aquele pequeno ser acaba de passar por uma mudança brusca. Está aprendendo tanto coisa. Tem que respirar, mamar, chorar e arrumar meios para se comunicar. Será que ele já "entendeu" que ele era uma coisa na barriga e agora é outra? Será que aquele pequeno já está conseguindo sentir o que é o seu próprio corpo?

Eu nunca peguei um bebê no hospital. O Tiago já pegou o Pedrinho. A mãe dele, mandou. É a Dani, manda! Eu abracei o Tiago, o Paulo fotografou e a gente devolveu. Eu não aconselho você pedir para pegar, você pode levar um não. Fica um clima desagradável. Esperem te oferecer.

Pedrinho, segundo dia de vida!

A gente não beija e nem toca no bebê, no máximo eu passo a mão bem de levinho e por cima da roupa. Com toda a paz do planeta. O bebê está criando o vinculo com os seus pais, não gosto de interferir nisso, não.

Mesmo com a política de não pegar bebês no colo, eu limpo as minhas mãos. Lavo até os braços e passo álcool. Afinal, não precisa enfestar o espaço de bactérias e  sujeiras que a gente traz da rua. O que puder evitar, melhor.

Nunca vou no primeiro dia. É muita coisa para se pensar. A mulher, mãe recém-nascida, pode estar aprendendo a amamentar ou mesmo se recuperando do parto. O pai pode estar um pouco embaraçado resolvendo a parte burocrática. Tem os avós e os titios que na minha opinião são prioridades. 

Sempre ligue e combine o melhor horário. Nunca apareça sem avisar. 


Visitas: na casa

Se a mãe aceitar as visitas na maternidade, faça isso. No hospital tem toda a equipe médica e os cuidados necessários para receber as visitas de forma mais organizada. Já em casa, continua valendo a regra de intimidade. Afinal, não tem a mesma estrutura do hospital.

O filho dos meus primos Anne e André já tem mais de um mês e eu ainda não fui na casa deles para fazer a visita. Conheci o Davi no seu segundo dia de vida. Conservo muito com a Anne, peço muita ajuda e dicas. Só que agora já me sinto mais a vontade para ligar e marcar para ver os três. Antes, só acompanhando de longe. Isso não significa menos carinho. É só mesmo um tempo de "respiro" para essa nova fase da família.

Quanto as visitas sempre avisar e chegar na hora marcada, nem antes, nem depois. Os horários da família ainda estão flutuantes. Eles podem estar dormindo em horários nada convencionais. A visita tem que ser conveniente para você? Não para o bebê. Você, se adapte!


Pedrinho lindo demais!
Lembre-se que os bebês mamam a toda hora. Não é toda mulher que amamenta na frente de outras pessoas. Mesmo pessoas intimas, quando começam a se movimentar para amamentar,  eu saio. Espero na sala, ou em outro lugar. 

Não dá para esperar atenção total do anfitrião. Por mais que ele tente ser amável, terá outras situações que não permitirão entrega total a visita. Entenda isso.

Nunca acorde ou bebê ou fique esticando a visita, esperando até ele acordar. Eu demorei três meses para ver meu afilhado com os olhos abertos. Meio abertos, vai... ele é japa! Sempre que nós íamos ao seu encontro ele estava dormindo. Isso foi até virando uma brincadeira nossa. Para que a pressa? A prioridade é o conforto do bebê.

Dependendo (mais uma vez) da intimidade, a mãe pode confiar o bebê à você para fazer alguma tarefa domestica ou tomar um banho. Ofereça, mas não insista. Tem papais que não se sentem seguros em deixar os filhos longe de seu olhar. Isso é normal!

Você poderá também se doar a fazer alguma coisa para a casa. Vai de cada pessoa. Colocar a roupa na máquina, varrer a casa, fazer um suco, passar a roupinha do bebê ou secar a louça. Tenho pavor que alguém lave a louça na minha casa.

Eu ficaria ainda mais constrangida, se eu ouvisse o barulho da torneira ou alguém me perguntasse onde está a esponjinha, do que uma pilha de louça na pia da minha cozinha. Tenho certeza, que outras pessoas adorariam uma ajuda nas tarefas do lar.

Não fique falando das suas experiências sem que tenham te perguntado. Palpites e histórias negativas, não! Não dê conselhos. Não se meta em nada. Aquela situação é única. Nada de expor seus pensamentos quanto: banhos, amamentação, rotina, cólicas, chupeta, mamadeira, nada. N-a-d-i-n-h-a!


O dia que eu vi pela primeira vez os olhos super abertos (sóquenão) e o sorriso do Pedrinho!
Eu não sei como vou passar por cada uma dessas fases. Não tem como prever. Lógico que tem pessoas e pessoas. Então, eu prefiro voltar aqui mais para frente e contar como foi que passei por isso. Já quando estou do outro lado é sempre bom ponderar. Análise a sua intimidade com as pessoas e o quanto você participa da vida dela e, ela da sua.

Tem gente que é a minha vida, desde o dia que eu nasci. Se esses não forem ver a Olívia no hospital, eu vou pedir pro marido buscar em casa. HUMP!

Me conte como foi som você? Como você age?


O próximo ETIQUETA será sobre eventos: casamento!

4 comentários:

  1. Comigo foi engraçado pq eu tbém não gosto de visitar bebês antes de 1 mês, mais qdo o Pietro nasceu eu queria todo mundo na minha casa (adorava exibir meu meu filho rsrsrs), além de que GRAÇAS A DEUS o Pietro dormia muito (ainda dorme) e eu não conseguia acordar ele para dar mama(ainda não consigo qdo ele dorme ninguém consegue acordar)então qdo as pessoas falavam que queriam ver ele acordado eu dizia "Quem conseguir acordar ele ganha um premio rsrsr"claro que com muito cuidado pra não assustar ele. Não adiantava ninguém acorda o meu ursinho qdo ele hiberna já era... rsrs

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    1. Que bom. Ter um bebê assim deve ser uma delícia!
      Pietro lindo

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  2. Ah esqueci da principal regra " Se vce não tem algo de bom para falar a respeito, fique calado", Só conto para as novas ou futuras mamães somete as minhas experiencias boas, as ruins eu fico torcendo pra que com elas seja diferente!

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