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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Material - ARTE - Parte 2

Já leu a primeira parte do post, aqui?


(Continuando...)







A massinha é uma querida das crianças também. Eu uso muito. É um importante meio de fazer surgir o tridimensional "naturalmente". Com o uso frequente e direcionado a criança vai deixar aqueles bonecos magrelos (colados na mesa), para criar esculturas mais elaboradas. O volume é muito mais fácil para eles com o uso regular de massa para modelar e argila. Como argila faz muita sujeira, a massinha é melhor para dar para os bem pequenos. A maioria das massinhas agora são soft, essa bem mais mole, porém eles colocam na boca, comem e pedem mais. Alguns fabricantes estão investindo nas massas a base de amido (oi, maizena!) assim não tem TANTO problema se ao piscar você perceber o pequeno se deliciando com a massinha rosa chiclete.




Uma versão mais econômica é a massa de uma cor só, que vem no potão. eu compro para mim. Sim, eu gosto de massinha. Minha mãe sempre deixou e eu mantive o hábito. Sempre inventava um jeito de enfiar uma na lista de material todos os anos. Meus alunos usam uma cor por vez. Eu não dou várias cores. Se for as de palito, junto dois ou três, essa do potão dou um pedaço maior. Eles pegam no pote de sorvete uma bola de massinha e um palito de sorvete. Depois me devolvem do mesmo jeito. Dura mais de um mês, bem fechadinha, a soft. Aquela dura tradicional, não tem muito jeito, não!



Esse ano, durante alguns meses, eu tive um aluno num grau de deficiência mental severa. O lindinho tinha oito anos. Ele tinha pavor de massinha. Não colocava a mão por nada. Sabe o motivo? Como ele não acompanhava o ritmo das outras crianças, sempre sobrava uma massinha na mão dele. Resultado, ele pegou trauma. Nossa, esse menino me ensinou tanto. Pena que voltou para a sua cidade natal :-( 





























As aquarelas são uma delícia. Tem jeito mais fofo de permitir a criança perceber as transparências e as misturas sutis das cores? Não! Esse kit da faber-castell é lindo. Um estojinho super fofo. Eu levo meus materiais para os alunos verem, faço como se fosse um teatro. Mostro tudo e para que serve cada uma das coisas. Imito a voz da aquarela. Eles adoram! Até o quinto ano eles ainda se amarram na fantasia, mesmo negando.









Esse estojo da faber-castell vira lama nas mãos de alguns anjos. Mesmo ensinando a usar, os pequeninos vão ter dificuldade. Então, que tal, os lápis de cor aquarelável? Eu gosto. Acho mais prático para as crianças. Como iniciação é válido. Esse lápis aquarela as 12 cores bastam. Vem um pincelzinho bem meia boca. Dá para improvisar, mas descabela fácil.







Tinta guache eu prefiro as marcas: faber-castell, tilibra ou acrilex. Faz muita diferença, viu? Quem usa quer ver a cor. Se não pintar eles vão gastar o tubo todinho. Muitas guaches são feitas de materiais não-atóxico, tem alguns que até se a criança comer, não tem problema. Percebam minha insistência na palavra "comer". A parte boa é que é totalmente lavável. Suja tão fácil como limpamos. 






A pintura pode ser feita com os dedos (vezes ou outra com a mão e o braço) ou com pincel. Tinta no pé faz muita sujeira, mas é tão gostoso para eles. É importante deixar a criança sujar e ficas suja um pouco também. Essa nossa mania de limpeza torna as crianças tão chatas. Tem alunos que parecem que vão entrar em parafusos quando sujam a roupa ou alguma parte do corpo. Irrita! Tudo bem educar a criança para ter higiene, mas vamos exagerar, não! O pincel pode ser esse pinctore tigre, número 10. 






Ano passado a prefeitura de Bertioga elegeu essa tinta guache da Acrilex para o 3º e 5º ano.  Maravilhoso. Vem mais e colocando em copinhos de gelatina dura uma eternidade. Afinal, eles acabam misturando tudinho. Sem falar na praticidade do bico dosador. Melhor guache que existe. Bem pigmentado, sem odor, homogênea e ótima para usar.






A tesourinha é a mundial. Desde que eu sou criança. A ponta arredonda evita acidentes. Não esqueça de conversar com a criança sobre a diferença entre cortar e rasgar. Antes do cortar, vem o rasgar. Não precisa pular etapas. Não esqueça de avisar que essa tesourinha só é amiga do papel. Só gosta de cortar papel. A sua cortina ou tapete pode ser uma tentação. Não compre nenhuma outra. As tesouras de outras marcas quebram e machucam a mão das crianças. Essa vai durar a vida toda. Não deixe seu filho querer a do Ben 10 ou da Barbie. Querer ele até pode, mas não compre, por questão de segurança.




Por último, a cola branca líquida. As embalagens maiores são mais econômicas. Aquele tubo grande da tenaz ou cascorez são inigualáveis. Mas aquela tampa tradicional não é nada prática: vaza na mochila, entope e nunca está pronta para usar. Esse estilo de embalagem é um sucesso, com ela é possível controlar o fluxo de cola, dosar a quantidade a ser usada e aplicar em áreas específicas. Meu conselho é comprar uma cola desse jeito, independente da marca (essa acrilex quebra um galho) e encher com as tradicionais tenaz e cascorez.  






Quando for possível usar a cola bastão, facilita muito. Quando eu vi crianças de 4 e 5 anos fazendo bandeirinhas de festa junina, achei tão fofo. Super autonomia. Dois seguravam o barbante e os outros colavam com a cola bastão. Tudo bem que eles esfregam a cola com força e ainda não tem muito controle, mas é uma mão na roda. Pode ser acrilex, radex, prit, tilibra ou faber-castell. Algumas não colam, não adianta economizar. É jogar dinheiro fora.








3 comentários:

  1. Não pode deixar de falar,para que se seu filho for canhoto peça tesoura de canhoto.É difícil mas tem.......a Maria Clara só consegue cortar com essa.(Tia Renata);)

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  2. É verdade. pensei nisso e não escrevi.
    Não sabia que ela era canhota!

    Beijo

    Nathália

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  3. Aneíse Nogueira de Faria4 de janeiro de 2014 às 16:25

    Adoro comprar materiais de boa qualidade para meu filho; não porque eu queira ser melhor do que ninguém, mas por acreditar que este seja o primeiro incentivo para desenvolver bem suas atividades, dentro e fora da escola. Aneíse, Inaciolândia-Goiás, 04-01-2014.

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